OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ANTIGO RIO PARDO, HOJE IÚNA

Pertencente ao município de Vitória e habitado inicialmente pelos índios “puris” e “botocudos”, o território de Iúna (antiga Villa do Rio Pardo), foi desbravado a partir de 1814 quando da abertura da Estrada Real São Pedro de Alcântara, por determinação do Comandante Francisco Alberto Rubim, então Governador da Capitania do Espírito Santo.

O início do povoamento é marcado pela inauguração do Quartel do Rio Pardo no dia 24/10/1815 pelo Coronel Ignácio Pereira Duarte Carneiro. Os quartéis foram estabelecidos para manutenção da estrada real e segurança aos seus transeuntes. A distância entre os quartéis era de 3 léguas (aproximadamente 21 km).

Existindo muitos grupos de índios purís espalhados pelo território, principalmente na região de São João do Príncipe, foi criado em 23/04/1825 o Aldeamento Imperial do Rio Pardo, sendo nomeado seu primeiro diretor o alferes Joaquim Antonio Rodrigues Justo.

Em 1845 foi inaugurada a primeira capela e o primeiro cemitério, dedicados a São Pedro de Alcântara, construídos pelos índios purís liderados pelo missionário italiano frei Paulo de Casanova, da ordem dos capuchinhos. O maior incentivador dessas primeiras obras foi o 1º Barão de Itapemirim (Joaquim Marcelino da Silva Lima).

Conhecido como “Sertão do Leste”, o extenso território banhado pelo Rio Pardo e seus afluentes, foi lentamente colonizado por fazendeiros que deixavam a Província de Minas Gerais e se aventuravam pela Estrada Real São Pedro de Alcântara. Algumas famílias eram impulsionadas pelo espírito desbravador, outras, deixavam Minas por razões políticas (revolta de Teófilo Ottoni) e algumas por terem recebido do Imperador D. Pedro II as sesmarias de terras após a Guerra do Paraguai.

Dentre as famílias que chegaram nesse período, podemos citar: Ferreira Valle, Ferreira da Costa (Laje), Mariano Pereira (Osório Pereira), Castro, Silveira, Almeida, Ribeiro de Almeida, Justo, Leite, Machado, Florindo de Freitas, Toledo, Ferreira de Amorim (Tebas), Nunes de Oliveira, Moraes, Teixeira, Amorim, Oliveira, Goulart de Almeida, Trindade, Lima, Barros, Gonçalves, Fonseca, Gomes, Rios, Lima, Monteiro.

No dia 02 de outubro de 1855 o alferes José Joaquim Ferreira Valle e sua esposa fizeram a doação do terreno para inicio do povoado, visando a construção da nova capela e o novo cemitério. Em 1858 Frei Bento di Gênova liderou a construção da Capela de Nossa Senhora da Pureza, que foi elevada à categoria de Matriz em 1859, quando, pela Lei Provincial nº 10 foi criada a Freguesia de São Pedro de Alcântara do Rio Pardo.

A imigração italiana teve inicio em 1872 quando dois irmãos: Giuseppe e Raffaello D’Amico deixaram a pequena cidade de Castelluccio Superiore, região da Potenza e se transferiram para Rio Pardo. Iniciaram com fazendas de gado, mas percebendo a rentabilidade do café, foram os responsáveis pela introdução da cultura cafeeira na região, com os primeiros plantios e obtendo os primeiros lucros, possibilitando-os abrirem as primeiras casas comerciais.

O período de 1875 a 1879 marca um forte fluxo migratório, quando dezenas de famílias deixaram Castelluccio Superiore e Castelluccio Inferiore e imigraram para Rio Pardo.

Dentre as famílias que imigraram, podem ser citadas: D’Amico (Amigo), Scardino (Scardini), Lofiego (Lofêgo), Vivacqua, De Biase, Bevilacqua, Poncio, Crispino (Chrispim), Pagano (Pagani), Flora, Carlomagno (Carlomanho), Ippolitto (Hypolito), La Banca (Labanca), Milione, Martorano, Noia, Celano, Limongi, Fittipaldi, Peluso, Pinto, Conte (Conde), Bazzarella, Tomaz (Tomazzi), Rossi, Saletto.

Imigraram também famílias de outras localidades italianas, como o Barão Giuseppe Gallotti (de Casaletto Spartano), Parente, Pividori (Pevidor), Bendia, Bertolini, Furieri, Quarto, Prottes, Cassini, Henriques, Vimercati, Rampin, Marcon, Viotti, Salotto, Sartori, Oggioni, Cosentino, Colleta, Finamore.

No final do século XIX e início do século XX, imigraram, em menor numero, outros grupos: austríacos (Rein, Cousaquevit, Cousaqueve, Montemor), suíços (Roncen de Ponce, Suiço) francês: (Lamy), inglês (Johnston) alemães (Hubner, Sathler, Emmerich, Eller, Heringer, Von Randow, Raider, Wenzel) espanhois ( Ruiz, Lopez, Salles), e tempos mais tarde famílias libanesas e turcas (Antonio, Mansur, Amar), Trad, Amim, Tanure, Alcure, Chequer, Bou-Habib, Abikahir).

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